Autoestima e autoimagem
- Carol Avileis
- 10 de fev. de 2020
- 3 min de leitura
O que levou essa menina alegre, com brilho no olhar, para situação de baixa autoestima? Essa menina aí, sou eu. .

Eu passei a minha vida adolescente e a maior parte da minha vida adulta achando que eu não era digna de ser amada. 😔Não enxergava no meu corpo, alguém que pudesse ser aceitável e desejável. Via alguém grande demais, forte demais, larga demais. Com espinhas, celulite, estria, gordura, olheiras fundas debaixo dos olhos. 😢Aí me escondia dentro de mim mesma, fui pra depressão, distúrbios alimentares, desvalorização própria. Até não muito tempo atrás, sofri tudo isso, por anos, presa dentro da prisão que eu mesma construí. Foi só quando na hipnose me encontrei dentro de mim mesma, comecei o caminho contrário. Encontrei portas que me levaram para novos caminhos. A partir de hoje você entra nessa jornada comigo. Pode ser que você imagine que todo mundo se sente assim, que é normal. Mas não é. Venha comigo nessa jornada e abra essa porta pra você também.
A saga da compra de calças jeans para quem tem pernas grossas. Você já passou por isso?
Há 4 décadas atrás, o maior problema de autoestima que tínhamos quando crianças era não ter dinheiro para comprar roupas e sapatos novos pra ir na escola ou ser discriminado por causa de sua cor de pele ou raça. Há 3 décadas atrás, ainda tínhamos a questão financeira e racial, mas fatores novos como acesso a marcas famosas de bens de consumo começou a ser motivo de nos sentirmos inferiorizados. Há 2 décadas atrás, tem tudo isso que as anteriores e mais um padrão estético cada vez mais marcado na mídia. A mídia deixou de ser a TV aberta e revistas impressas e passou a ser qualquer coisa que se conecte à internet. É... o mundo está ficando cada vez mais complicado para quem quer ter uma boa autoestima. Isso se você depender dos outros.

O desafio de reconstruir a sua autoestima tem como resposta a inscrição feita no templo de Apolo em Delfos (Grécia) há milhares de anos: “Conhece-te a ti mesmo”. Networking, stalkear, estar conectado, dar um like, estar inscrito no canal, ser um seguidor... todos esses termos indicam nós conhecendo alguém. O que falta para reconstruirmos a nossa própria identidade e daí elevar a nossa autoestima, é conhecer a nós mesmos. Vou deixar uma dica pra você começar a conhecer essa pessoa maravilhosa que é você. Pegue um caderno sem uso, e escreva na primeira página, Eu sou.... nas linhas abaixo, liste as suas características que fazem você ser quem você é. Lembre-se, características, não comportamentos. Eu posso ser uma pessoa amável, mesmo que ultimamente não tenho me comportado dessa forma porque estou muito irritada. Posso ser otimista, mesmo tendo passado bastante tempo ansiosa por medo do futuro.
Feia! Cresci com uma história de que eu era feia. Que eu tinha nascido feia. Hoje eu sei, a história era pra ser irônica, como dizendo, olha só como você ficou bonita, e em pensar que você nasceu feia... Eu como criança só fiquei com a parte que eu era feia gravada. O que nos falta entender, é que as memórias gravadas na nossa mente continuam associadas às emoções da mesma idade que elas aconteceram, gerando o que Freud descreveu como “pulsões”, afetando ainda hoje a forma como lidamos com a vida. Por isso, na hipnoterapia, a regressão pode ser necessária. Foi assim que eu dissociei a ideia de que eu era realmente feia da minha autoimagem como adulta. E você? Vive alguma verdade hoje, inputada em você há muito tempo?
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