Como vencer a dor crônica| 5 Dicas milagrosas
- Carol Avileis
- 21 de jan. de 2020
- 6 min de leitura
A dor é uma experiência física e emocional desagradável. A dor não é psicológica, como alguns dizem, por talvez desconhecerem um termo melhor. A dor é a sensação gerada pelo cérebro como resultado de um estímulo nervoso enviado pelo local afetado.
Os neurotransmissores, estimulados em uma determinada região cerebral, ativam a sensação de dor. A dor é essencial para a vida, pois ela nos avisa de que algo é prejudicial, perigoso ou que merece atenção. Por exemplo, se você encosta em uma panela quente e sente dor no dedo, você está recebendo um estímulo para não encostar novamente e ao mesmo tempo para cuidar do local queimado.
Existem casos, entretanto, que a dor vira um companheiro constante na vida da pessoa. Chamada de dor crônica, ela afeta pessoas que não podem fazer mais nada com relação a ela e somente impedem que haja um boa qualidade de vida. Nesses casos, em que a pessoa está medicada, tratada, tem consciência dos cuidados que deve tomar quanto ao seu estado, retirar essa sensação de dor devolve a alegria de viver à pessoa afetada.
Como a dor é uma sensação gerada pelo cérebro, também podemos atuar nesses mesmos neurotransmissores para que essa sensação diminua consideravelmente ou mesmo desapareça.
Isso pode ser feito através da hipnose. A seguir seguem muitas informações úteis que vão te ajudar a melhorar sua qualidade de vida se você sofre com dores crônicas.

Tirei essa foto da @dri_busch em uma crise de dor crônica. O sofrimento dela é visível. Muitas pessoas estão passando por isso nesse momento. Tem dias melhores, tem dias mais difíceis.
A dor intensa tira a funcionalidade da pessoa e está associada a falta ânimo para as atividades do dia-a-dia e também a casos de depressão. Além disso, o abuso de medicamentos para dor é constante no caso de dores crônicas, trazendo prejuízos à saúde.
Tratei a @dri_busch com hipnose não verbal e magnetismo. Sem nenhum medicamento, ela pode sentir alívio da dor e voltar as atividades do dia intenso que temos de atendimento.
Em casa, ela usou técnicas de autohipnose para se manter sem dor. Ensinamos essas técnicas para nossos clientes depois de tratarmos a dor com hipnose não verbal e magnetismo, aliviando a maior parte da dor no consultório.

Meu pai me dizia uma coisa que eu absolutamente odiava quando eu era pequena. Quando eu sentia dor, ele me dizia: “pensa em outra coisa”. Eu odiava porque via nessa frase dele uma falta de empatia (apesar de não conhecer a palavra empatia na época). Achava que ele simplesmente não queria me ouvir reclamar.
Mas hoje estou aqui, gastei meu tempo e o seu, para escrever como a Dica 1 de como conviver melhor com a dor crônica exatamente isso que meu pai me dizia: Pense em outra coisa!
Isso faz todo sentido quando pensamos que nossa energia vai pra onde nossa atenção vai, e que a dor é um sinal do cérebro para tomarmos providências sobre um local que merece atenção. Você pensar em outra coisa, como diria meu pai, é você desviar sua atenção, seu foco, da dor para outra coisa que irá te servir.
Nesse caso, recomendo hobbies, games, meditação. O que quer que consiga absorver totalmente sua atenção e seu foco por alguns instantes. Tem que ser algo que você curta e já tenha tido aquela sensação de não ver o tempo passar enquanto fazia aquilo. Procure fazer isso antes da dor piorar, no início. Depois, volta aqui e me conta.

Isso vai parecer loucura agora. A dica 2 para melhorar sua luta contra a dor crônica se refere a se movimentar mais. Parece coisa de quem não sabe o que é dor de verdade! Mas acredite, nós sabemos, na pele, por experiência própria.
Existe um termo usado para isso chamado resiliência física. Seu corpo pode aguentar mais stress e se curar mais rápido se você desenvolver resiliência física. E a melhor coisa que você pode fazer para isso é NÃO sentar quietinho no lugar. A todo segundo que você decidir não ficar sentado e parado você estará melhorando a saúde do seu coração, pulmão e cérebro. Qualquer coisa. Levantar as mãos para o alto com os punhos fechados por 5 segundos. Espreguiçar-se. Ir até o portão e voltar. Arrumar a cama. Se conseguir, uma caminhada. Enquanto você está com sua dor crônica.
Você, melhor do que ninguém, conhece os seus limites. Não peço que desafie esses limites. Apenas NÃO fique totalmente parado! Aumente sua resiliência física, e o seu corpo irá contribuir com você também.
Conhece alguém que se largou à mercê da dor e não se mexe mais, e precisa saber disso?

Durante as crises de dor, as emoções são as primeiras a serem afetadas. Quando em dor, é comum que você se sinta depressivo, triste, melancólico. Pode ser que você sinta raiva também, não só da dor, mas de pessoas envolta de você. Isso porque você fica procurando um culpado pra sua situação, sente auto piedade e pessimismo.
Nesse momento, você pode escolher se lembrar que a resiliência emocional é importantíssima no tratamento da sua dor e no seu bem-estar. Resiliência emocional é estar com os músculos emocionais malhados para suportar momentos de dor.
No momento da crise de dor, olhe por uma janela, para o lado de fora, e procure algo na natureza que te impressione para observar. Ou procure fotos no seu celular de filhotes de um animal que você curte. A contemplação da natureza ou de filhotes irá sim te ajudar a trazer mais emoções otimistas para sua crise de dor.
Quer passar pela crise ainda melhor? Todos os dias, antes de dormir, escreva em um caderno 3 motivos que você teve no dia para agradecer. Podem ser coisas importantes mas são as coisas mais simples que são mais efetivas. Alguém sorriu pra você, o trânsito estava bom, você gostou de determinada comida que comeu no almoço. Muita gente chama isso de diário da gratidão ou diário positivo (porque é uma ferramenta da psicologia positiva). Experimente e deixe seu comentário com os resultados!

A primeira coisa que qualquer doença e dor fazem conosco é nos incapacitar mentalmente para o trabalho, para o estudo e para a leitura. Para o trabalho mental em geral. Isso acontece porque nosso cérebro consome uma quantidade de energia enorme, muito mais do que qualquer outro órgão do nosso corpo. E, em processos de enfermidade, essa energia é redirecionada para o local atingido.
No caso da dor crônica, não existe enfermidade que necessite de energia no local. Pelo contrário, a quantidade de energia direcionada pelo foco concentrado na dor irá, na verdade, aumentar a dor.
A resiliência mental irá auxiliar enormemente aqueles que sofrerem de dor crônica. Se vocês continuar suas atividades mentais, irá fortalecer sua vontade e redirecionar o seu foco, diminuindo por si só a sensação de dor. Vou deixar um exercício que você será capaz de fazer, mesmo durante as crises de dor, para aumentar sua resiliência mental.
Conte de 100 a 1 em ordem decrescente, bem focado. Ou, se vocês preferir, estale os dedos 50 vezes (o que vai te obrigar a contar também). Esse tipo de foco é tão efetivo que relaxa a mente antes de dormir, no famoso “contar carneirinhos”.

De acordo com Carl Jung, contemporâneo de Freud, existem 2 tipos de pessoas: as introvertidas e as extrovertidas. Não entrando no mérito da definição de Jung, mais abrangente que o sentido comum dessas palavras, quero falar sobre como as relações sociais se relacionam com a dor.
As pessoas extrovertidas, que concentram mais energia fora de si, para o externo, são geralmente pessoas que buscam nas relações sociais o apoio que precisam. Isso costuma ajudar muito na dor crônica, a resiliência social. Para os introvertidos, que concentram mais sua energia internamente, a dor crônica fica amplificada nos casos de crise, porque ele concentra ainda mais sua atenção nesse espaço interno que está em crise.
Se vocês é introspectivo e sofre de dor crônica, minha dica para aumentar a resiliência social é mandar uma mensagem ou fazer uma ligação (se você preferir) agradecendo algum por alguma coisa que você não reconheceu no momento. A gratidão, acompanhada do compartilhamento e contato social (mesmo que virtual), irá promover a diminuição no estímulo da dor no cérebro, devido aos hormônios de prazer liberados.
Espero que com essas dicas você já possa sentir um alívio da dor crônica. E, se precisar, conte com a gente!
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